Especialista em Alergia e Imunologia
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Imunodeficiências Primárias

Imunodeficiências Primárias

Imunodeficiências Primárias
Especialista em Alergia e Imunologia - RQE 54058
Pediatra - RQE 54058

A angústia dos pais começa pela crença de que a temperatura corpórea habitual, ou “normal”, deve ser sempre mantida constante. Entretanto o aumento da temperatura corpórea é um mecanismo fisiológico benéfico, pois catalisa, ou acelera, as reações de nosso sistema imune contribuindo para o combate à infecção. Segundo publicação da Academia Americana de Pediatria, não há estudos que tenham demonstrado que a febre por si só piore a evolução de uma doença ou cause complicações neurológicas a longo tempo, ou seja que a resolução da febre não reduz a morbidade nem a mortalidade de uma doença.
Nosso objetivo ao medicar uma criança febril é trazer conforto através da normalização de sua temperatura corpórea e, pelo efeito analgésico, melhorar a sensação de mal estar inespecífico que costuma estar associado, além de prevenir a desidratação pela diminuição das perdas insensíveis de água.
Outra grande causa de preocupação dos pais com relação à febre é que, em graus elevados, ela possa causar convulsões. A convulsão febril, diferentemente da crença popular, ocorre somente em crianças até 5 anos de idade (principalmente nos menores de 2 anos de idade) com qualquer temperatura, inclusive normal (apesar de menos frequente), quando precedendo a febre. Porém ocorre somente em indivíduos sucetíveis (cerca de 2 a 5% da população). O principal fator de risco para convulsão febril é a predisposição genética, ou seja, ter parentes, principalmente de primeiro grau, com antecedente pessoal de convulsão, seja febril ou epilepsia.
Atualmente discute-se muito qual é a temperatura ideal para medicar uma criança com febre e o consenso diz para seguirmos o bom senso. O ideal depende de cada criança e de cada situação, sugere-se que seja considerado o uso de medicação antitérmica a partir de 37,8°C ou a partir do momento em que a criança apresente-se desconfortável.
Há períodos do ano em que há maior incidência de doenças variadas e portanto de episódios de febre, com causas distintas e ocorrendo concomitantemente dentro de um mesmo grupo, como os momentos de troca de estação, quando as temperaturas apresentam grandes oscilações em curtos períodos fragilizando nosso sistema imune.
Nossa preocupação principal deve ser o reconhecimento dos sinais de gravidade em uma criança doente para o atendimento médico de urgência ou de emergência (busca por avaliação médica imediata) que variam de acordo com a idade da criança. Por exemplo, febre igual ou maior a 39°C em qualquer idade ou lactentes até 3 meses de vida, independentemente do grau da febre necessitam de avaliação médica urgente e, se houver outros sinais de doenças como sonolência excessiva ou mesmo irritabilidade/ choro inconsolável, a avaliação deve ser imediata. Converse com seu pediatra , ou marque uma consulta para orientações especificas à faixa etária de seu filho(a).
A melhor maneira de tentarmos prevenir doenças, mesmo as mais leves como os resfriados que são uma das principais causas de febre, é através de vacinas, higiene adequada das mãos, alimentação bem balanceada, manter-se bem hidratado com a ingesta frequente de líquidos, dormir bem, praticar atividade física regular e evitar os exageros como se expor ao sol muito forte ou expor-se por tempo prolongado ao frio sem estar devidamente agasalhado.
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Febre é um sintoma comum a diversas doenças distintas e um dos principais motivos de preocupação dos pais e de busca pelo atendimento médico pediátrico de urgência.

Febre na infância
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