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O QUE É ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA (APLV)

O QUE É ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA (APLV)

 

São as reações adversas causadas pelo contato e/ou ingestão do leite de vaca mediadas pelo sistema imune. Todas as outras reações, que não envolvem o sistema imune, não são consideradas como alérgicas.

A alergia a proteína do leite de vaca ainda pode ser dividida em IgE-mediada ou não-IgE-mediada.

FATORES DE RISCO PARA A ALERGIA ALIMENTAR

 

- Pai e/ou mãe atópicos (que tenham algum tipo de alergia) - um dos pais atópico aumenta em 40% o risco para desenvolver alergia alimentar e, se forem os 2, o risco é elevado para 80%

- Aleitamento artificial nos primeiros 6 meses de vida - estudos comprovam que o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida reduziu a incidência da alergia ao leite de vaca em bebês até 18 meses de vida e de dermatite atópica até os 3 anos de idade.

- Tabagismo materno durante a gestação - estudos mostram que bebês, filhos de mães tabagistas. tem maior quantidade de anticorpos do tipo IgE e eosinófilos em seu cordão umbilical, mostrando maior tendência ao desenvolvimento alérgico pelo perfil destas células imunes.

- Consumo de álcool durante a gravidez - o álcool leva a aumento da produção de anticorpos IgE específicos para alérgenos alimentares e respiratórios.

fonte acessada em 26/06/2020: Solé D, Silva LR, Cocco RR, Ferreira CT, Sarni RO, Oliveira LC, et al. Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2018 - Parte 1 - Etiopatogenia, clínica e diagnóstico. Documento conjunto elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Arq Asma Alerg Imunol. 2018;2(1):7-38. Disponível em: http://aaai-asbai.org.br/detalhe_artigo.asp?id=851

 

EM QUE IDADE PODE COMEÇAR A ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA?

 

A grande maioria inicia o quadro entre 3 e 6 meses de vida, é bastante raro iniciar aos 12 meses de vida ou depois.

fonte acessada em 29/06/2020: BSACI - British Society os Allergy and Clinical Immunology - Luyt D, Ball H, Makwana N, et al. BSACI guideline for the diagnosis and management of cow's milk allergy. Clin Exp Allergy. 2014;44(5):642-672. doi:10.1111/cea.12302. Disponível em: https://www.bsaci.org/Guidelines/milk-allergy.

 

QUANTO LEITE É PRECISO PARA APRESENTAR OS SINTOMAS DE APLV?

 

A exposição que vai levar aos sintomas pode variar de indivíduo para indivíduo.

 

Os mais sensíveis pode apresentar reações já com o vapor da fervura do leite presente naquele ambiente, sem sequer ter contato direto.

 

Os menos sensíveis podem vir a precisar ingerir certa quantidade para ter os mesmos sintomas, ou sintomas mais leves.

QUAIS  SÃO OS TIPOS DE ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA?

A alergia a proteína do leite de vaca é dividida em 3 subtipos:

- IgE mediada

- Não IgE mediada

- Mista

O QUE É APLV IgE-MEDIADA

O QUE É IgE

IgE é um subtipo de anticorpo que está fortemente relacionado com as reações alérgicas e, como todo anticorpo, ele é sempre específico a alguma coisa, neste caso a um alérgeno: a proteína do leite de vaca.

SINTOMAS DA APLV IgE MEDIADA

 

O IgE específico a proteína do leite de vaca está relacionado com o desencadeamento de reações alérgicas do tipo imediata. Isso significa que os sintomas irão surgir na 1ª hora após a exposição, geralmente nos primeiros minutos após a exposição, seja por contato, inalado ou por ingestão.

 

Seus sintomas podem ser muito variados tanto na apresentação quanto na gravidade. Podem apresentar:

- vermelhidão no local em que houve o contato com o alimento

- "bolinhas" (pápulas) espalhadas e/ou agrupadas (placas) caracterizando uma urticária que pode ser localizada ou disseminada pelo corpo

- "inchaço" dos lábios, olhos ou outras mucosas (angioedema) que pode ser discreto até deformante podendo, dependendo da mucosa acometida, colocar em risco de vida

- reação grave acometendo mais de um sistema do corpo (anafilática) que coloque a pessoa em risco de vida.

QUEM PODE TER ALERGIA ALIMENTAR?

 

A incidência de alergia alimentar está aumentando em todo o mundo com números que variam de acordo com a região estudada, provavelmente pelas diferentes culturas, perfil etário da população e pelo clima local.

 

É mais comum em crianças do que adultos. Estima-se que ocorra em 6% das crianças menores de 3 anos de idade e em 3,6% da população adulta.

O risco de desenvolver alergia a determinado alimento depende da epigenética do indivíduo.

DIAGNÓSTICO DA ALERGIA ALIMENTAR

 

A maior parte dos casos tem a história clínica como a principal ferramenta para o diagnóstico, mas para a confirmação é possível a realização de testes alérgicos, mas ainda não existem testes padronizados para todos os alimentos. Ou ainda é possível realizar provocação com o alimento suspeito.

A técnica para a confirmação do diagnóstico depende da reação apresentada e do alimento suspeito. Converse com um especialista.

TRATAMENTO

 

Ainda não existe uma cura para a alergia, sendo o foco principal do tratamento a exclusão do alimento que desencadeia as reações. O rigor com que o indivíduo necessita ter com essa exclusão pode variar conforme a tolerância de seu sistema imune.

Toda dieta de exclusão deve ser acompanhada por um especialista (se você já tem seu acompanhamento, veja aqui dicas para a dieta de exclusão pela nutricionista Raquel Bicudo) para evitar prejuízos do desenvolvimento, ganho de peso e do crescimento em crianças, a falta de nutrientes específicos, ou até mesmo, em casos graves, anemias.

Para algumas alergias a alimentos, em casos muito específicos, pode ser proposto a indução da tolerância. Porém é um método de alto risco e que deve ser minuciosamente estudado e discutido entre o médico e seu paciente.

Testes:

- Teste para avaliação do Controle da Asma

- Questionário para Avaliação do Controle da Asma em Crianças ≤ 5 anos

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VEJA AQUI AS ORIENTAÇÕES DA

NUTRICIONISTA RAQUEL BICUDO

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© 2023

Dra Marcia Toraiwa Iwashita

CRM-SP 120.319 

Especialista em Alergia e Imunologia

RQE 54057

Pediatra

RQE 54058

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